Em 1992, a febre pela música começou após participar e vencer um concurso de Música para um programa de uma Rádio local (L.A.C.).A gravação caseira testemunha os primeiros passos de toasting sobre riddims à velha moda Jamaicana, com uma acentuação lírica marcada pelo balanço do “português de Angola”, nada habitual na altura.
Foi com um Sintetizador Yamaha Semi-profissional, prémio arrecadado pelo primeiro lugar no Concurso da L.A.C., que Wadada se juntou a dois amigos e deram os primeiros passos da história do Hip-Hop/Ragga underground Angolano. Kool Klever, Gangsta Dú e Prince Wadada, formaram os “G.C.Unity”, a União do Gueto e a Cidade pelo fio condutor da poesia urbana.
Em 1994 Mário António abraça a carreira a solo iniciando a sua jornada à descoberta do som ideal para as suas aspirações artísticas.Na varanda de um 6º andar na Av. Brasil, em Luanda, tinha lugar a sala de ensaio, eram feitos os arranjos musicais e foi onde “Marito” instalou o primeiro SoundSystem Angolano.Por força das vezes que passou, em volume exageradamente alto, nos soundsystems que organizava, a música “Black Wadada” de Burning Spear, ficou conhecido por Wadada.
Em 1995 é convidado para fazer parte do programa de rádio “Top Reggae” da FM STERIO, resultado do sucesso garantido do soundystem da Avenida Brasil.Colaborou com músicos como Eduardo Paim, Pather Mak, Afro Kett e Nina Harley e, em 1998, recebeu o convite do Ministério da Cultura de Angola para engrossar o lote de artistas escolhidos para representar o País na Expo-98 de Lisboa.
1998 é, também, o ano em que edita o seu primeiro disco de originais de nome “Kem é Kem”. Um ano depois é convidado a participar da tourné da banda de General D e dos Kussondulola, e grava com estes últimos alguns temas em estúdio para o Disco “Amor é Bué”. É com Janelo da Costa, Toy Cool, Damula, Lexo e Johnny que forma o primeiro SoundSystem de Portugal com a denominação de “Fankambareggae.”
Em 2000, junta-se a músicos portugueses nomeadamente, Viviane, Dora Fidalgo, João Aguardela, Luís Varatojo, Rui Duarte, Janelo da Costa, entre outros, no projecto “Linha da Frente” resultando daí a edição de um álbum de poesias musicadas de Alexandre O´Neal, Manuel Alegre e António Aleixo. Entretanto, com o projecto Dubadelic SoundSystem, teve a oportunidade de partilhar o palco com o lendário musico/produtor de Reggae e Dub, Lee “Scrash” Perry. Prince Wadada grava o segundo disco de originais em 2004, intitulado “Natty Kongo”, uma celebração às suas raízes do Norte de Angola.
O disco foi gravado com a banda criada para suporte em concertos, composta presentemente pelos músicos: Pardal, Batata, Ian, Mandala, João-Pestana e Cabrita, elementos esses, que constituem a Kimbangui Band. Entre os melhores momentos da carreira de Wadada, destaca-se a actuação no Festival Sudoeste de 2004 em dueto com o Musico Gentleman acompanhada pela sua Far East Band.
O álbum conta com a participação de Bezegol (Matozoo), Marta Ren (Sloppy Joe) e Charly Skank, na co-produção. Prince Wadada é um dos músicos que mais contribui para forte afirmação do Reggae nas terras de Camões, através de SoundSystems e Concertos.O do 3º disco com o título “Entendimento”, editado em 2005, foi bem recebido pela crítica especializada e referenciado como um dos melhores do género cantando em Português.
Passo a passo o Músico foi debitando versos enérgicos, cheios de positividade, consciência social e muito amor à mistura. O artista é muitas vezes citado como o “Príncipe Rei” do reggae dance-hall cantado em português.Wadada dividiu o Palco com músicos como Patrice, Gabriel O Pensador, Anthony B, Israel Vibration, Alpha Blondy e Damian Marley; Participou no primeiro “One Riddim ÿlbum” editado na Europa pela editora Alemã Germaican Record, e gravou para os colectivos brasileiros Digital Dubs SoundSystem e 7 Velas. A sua discografia conta também com muitas participações em colectâneas e discos, tais como Copa Reggae, Nação Hip Hop ,Odiado e Mal Amado de Bad Spirit e Musidança.
o rei do reggea portugues
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