sábado, 18 de setembro de 2010

Biografia : General D

Sérgio Matsinhe, ou General D, nasce em Lourenço Marques hoje Maputo), em Moçambique, a 28 de Outubro de 1971.
Vive apenas dois anos em Moçambique e vem com a sua família para Portugal, habitando nos subúrbios da Margem Sul de Lisboa. Na escola, revela-se um excelente aluno e desportista (sendo mesmo recordista regional dos cem metros de atletismo e campeão regional de velocidade na modalidade de 4x100).
Mostrando-se interessado pelas suas raízes culturais, descobre o rap como uma forma privilegiada de expressão e adopta o nome de General. Ao mesmo tempo, torna-se activista dos direitos das minorias, chegando mesmo a ser candidato a deputado ao Parlamento Europeu pelo Movimento Política XXI e Porta-Voz da Associação SOS Racismo.
 Em 1990, organiza o primeiro festival rap em Portugal, em Almada (na Incrível Almadense), que conta com sua a participação, bem como de vários outros grupos, como os Black Company, ou os African Power.
Três anos depois, torna-se o primeiro rapper nacional a assinar um contrato discográfico, no caso, com a EMI-Valentim de Carvalho.
Em 1994, é editado o EP "PortuKKKal É Um Erro", que incluí três temas e que contou com a participação do grupo coral cabo-verdiano Finka Pé. O disco levanta alguma polémica, nomeadamente pelas suas letras corrosivas, e é mal recebido pela crítica. No entanto, as suas músicas e actuações parecem causar algum impacto em Inglaterra, onde General D dá alguns concertos e passa com regularidade nas rádios especializadas locais.
No ano seguinte, regista alguns espectáculos de relevo no nosso país, nomeadamente no Festival Imperial, na cerimónia de entrega dos Prémios do jornal Blitz e na Festa do Avante.
Ainda em 1995, é editado o seu álbum de estreia intitulado "Pé Na Tchôn, Karapinha Na Céu", gravado por General D & Os Karapinhas e produzido por Jonathan Miller, e onde participaram vários músicos convidados, como Marta Dias, Sam ou Boss AC, entre outros. O disco é bem recebido pela crítica, registando um enorme sucesso com o tema "Black Magic Woman", que conta com a participação vocal de Sam.
Nesse mesmo ano, é editado o álbum "Timor Livre", resultado da gravação de um espectáculo no Centro Cultural de Belém de solidariedade para como o povo de Timor, onde participaram vários artistas, como Delfins, Rui Veloso ou Luís Represas, e em que General D interpreta dois temas.
Após dois anos de concertos dentro e fora de Portugal, General D regressa aos discos em 1997, com "Kanimambo", que teve produção de Joe Fossard (que já trabalhou com outras bandas nacionais como Ithaka ou Mind Da Gap).
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